sábado, 18 de fevereiro de 2012

OS CARACTERES DO AMOR DE MARIA PARA CONOSCO


 OS CARACTERES DO AMOR DE MARIA PARA CONOSCO


"Deus havia decretado, diz Santo Afonso de Ligório,
que um coração de mãe seria a fonte da salvação,
não de uma alma somente, mas de todas as almas”.

Este coração de mãe devia ser, pois, a obra de predileção e complacência do próprio Deus, pois nele o Altíssimo devia acumular todos os tesouros e ternuras que a elevariam acima de tudo o que a beleza possui de mais atraente e mais forte.

O amor das mães não é mais do que uma imagem pálida e longínqua do amor de Deus. O amor de Maria, porém, é uma semelhança real do amor do Pai e do amor de Jesus, pois representa-os pela sua própria natureza.

E não é somente por criação que o Pai e o Espírito Santo produziram este amor, como Eles produzem o amor das mães, mas sim por uma comunicação interna de Seu próprio amor.

O amor das mães é, por assim dizer, tirado do nada.
O amor maternal de Maria nasceu de Deus e, como já dissemos, provém da mesma fonte que deu à Virgem o Seu filho.

Deste modo, o amor aos homens participa do amor do Salvador para conosco.

Quem seria capaz de compreender tão tocantes caracteres que este amor deve a esta divina origem?...

Para entressonhar algo de sua beleza, temos o amor materno, terrestre, como termo de comparação, muito imperfeito embora, mas que ao menos, nos pode auxiliar a penetrar nos mistérios do amor de Maria Santíssima para conosco.

Ora, quais são os caracteres do amor de uma mãe ao seu filho?...

Especialmente três: a bondade misericordiosa, a ternura e a força.

O primeiro caráter é a bondade misericordiosa.

Mais adiante desenvolveremos este consolador assunto, como fonte de inumeráveis benefícios com que nos mimoseia o coração de nossa mãe...

Aqui mostraremos somente esta inclinação para a infância, pois, tratando-se de amor, todos nós somos crianças.

A primeira atitude de uma mãe é enternecer-se e inclinar-se, amorosa, com uma dedicação sem reserva, para a criancinha que vem ao mundo tão desprovida e tão fraca.

Falta-lhe tudo. É preciso que sua mãe veja e ouça por ela. Não há miséria mais impotente que a sua. O primeiro caráter de amor maternal de Maria para conosco é ser ele um amor misericordioso.

Na ordem sobrenatural, mais ainda que na ordem natural, precisamos nós, antes de tudo, de comiseração, tanto para as nossas fraquezas, para nossas próprias misérias físicas, quanto e, sobretudo para nossas ilusões, nossos erros e pecados.

Ora, o amor de Maria é puramente misericordioso, porque Sua maternidade não vem castigar, mas somente santificar e consolar.

E não há miséria que Ela não queira socorrer e curar.

Se Ela sente compaixão à vista de qualquer imperfeição dos justos, muito mais viva ainda é a Sua comiseração para o horrível estado dos pecadores.


“Ó Virgem bendita, exclama Santo Afonso de Ligório, por Vós encheu-se o céu, por Vós muitos evitaram o inferno; por Vós ainda foram reparadas as ruínas da Jerusalém celeste e a vida espiritual dada aos desafortunados que a esperam”. 
(S. Ligório: Glórias de Maria)

Chama-se ternura esta sensibilidade delicada, esta atenção extremosa, graças à qual as menores alegrias do objeto amado nos deslumbram, seus mais leves sofrimentos nos contristam profundamente, suas ingratidões nos transpassam de dor.

Tudo isto se encontra no coração materno, e em um grau intensamente superior se encontra no coração de Maria, pois, para compreendermos a ternura deste coração, é preciso elevar-nos à ternura infinita de Deus.

Com efeito, por Sua maternidade, a incomparável Virgem participa da ternura infinita do Altíssimo.
Depois da compaixão, o que domina no amor de Maria é a ternura.

Em Seu coração, tanto quanto é possível em uma criatura, revive a ternura perfeita de Deus, a quem interessam perfeitamente todos os nossos bens.

À comiseração e à ternura o amor materno alia a força.
A força do amor materno é verdadeiramente maravilhosa.

Não somente a águia, o tigre ou o leão são prodígios de energia, quando ameaçados os seus filhotes, mas também uma mãe sabe afrontar os maiores perigos e a própria morte se seus filhos.

Entretanto, embora seja o amor materno o mais forte, mau grado as suas energias, ele também é fraco!
Mas em Maria encontra-se não só a força amante, mas ainda o poder do amor materno.

O amor de Maria transborda de um amor materno onipotente que Deus tirou de Seu próprio  coração e com que enriqueceu o coração de Sua Mãe. E o que há de mais sublime neste amor é que ele se dá sem reserva a todos e a cada um em particular. A cada um de nós Deus ama em particular, como se somente a nós tivesse que amar.

Ora, o amor de Maria é uma comunicação, uma derivação à parte e única do amor paternal de Deus.

E pelo fato deste amor maternal de Maria não ser simplesmente um amor criado, mas antes uma comunicação do amor do Padre eterno e do Espírito Santo, ele é antes de tudo sobrenatural e pode aplicar-se a cada um de Seus filhos: ele nos segue sem cessar, por toda parte, em todos os perigos, em todas as nossas provações e trabalhos.

E conservando este caráter todo particular e individual, o amor de Maria, semelhante ao amor de nosso Pai celeste, estende-se a todos os homens, abrange em um só devotamento a todos os Seus filhos, sem reserva alguma, pois Seus filhos são a humanidade inteira.

Na mais perfeita visão beatífica, Ela vê os seus sofrimentos, seus perigos e suas chagas.

Oh! não deveria este amor de nossa admirável Mãe para com os homens em geral ser um objeto de delícias?...

Como não concluir que o coração de Maria, sob o abrasamento do amor materno, ama a cada um de nós em particular e de um modo inefável, sabendo-se que ele, segundo a palavra de Santo Afonso, foi feito expressamente para nos amar, como o foi para amar a Jesus, e que sempre foi plenamente fiel a essa predestinação que constitui toda a razão do Seu ser?...

Oh! repitamos sempre: Maria nos ama com um amor maternal, com o amor mais delicado, mais terno, mais devotado e mais misericordioso.

Que ao pensamento desta grande verdade possa despertar e inflamar-se o nosso amor filial e que em nós o amor de Maria domine todo o amor criado, para que os nossos corações se apeguem a esta inefável beleza, sempre antiga e sempre nova, que é o coração de uma mãe, a gloriosa Mãe de Deus e dos homens.

(Por que amo Maria, Tratado substancial e completo dos principais motivos de devoção para com a Virgem Maria segundo os Santos Padres, os Doutores e os Santos; pelo Pe. Júlio Maria, missionário de Nossa Senhora do SS. Sacramento; Editora Vozes, ano de 1945)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Comunhão Reparadora nos Primeiros Sábados

I – A DEVOÇÃO DOS PRIMEIROS SÁBADOS
 Na Aparição do dia 13 de Julho anunciou Nossa Senhora em Fátima: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.
Esta última devoção veio pedi-la, aparecendo à Irmã Lúcia a 10-12-1925, em Pontevedra, Espanha. Disse então: 
“Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no Primeiro Sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos 15 mistérios do Rosário com o fim de me desagravar”.
Nª Senhora mostrou o seu Coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados. Pediu que fizéssemos actos de desagravo para Lhos tirar, com a devoção reparadora dos cinco Primeiros Sábados. Em recompensa, promete-nos "todas as graças necessárias para a salvação”.
Jesus nos dois anos seguintes, 15 de Fevereiro de 1926 e 17 de Dezembro de 1927, insiste para que se propague esta devoção. Lúcia escreveu: “Da prática da devoção dos Primeiros Sábados, unida à consagração ao Imaculado Coração de Maria, depende a guerra ou a paz do mundo”.
 II – CINCO, POR QUÊ?
 São cinco os Primeiros Sábados por, segundo revelou Jesus, serem “cinco as espécies de ofensas e blasfémias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.
 1. – As blasfémias contra a Imaculada Conceição,
2. – Contra a sua Virgindade;
3. – Contra a Maternidade Divina, recusando ao mesmo tempo recebê-la como Mãe dos homens;
4. – Os que procuram infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo e até o ódio contra esta Imaculada Mãe;
5. – Os que A ultrajem directamente nas suas sagradas imagens”.
III – CONDIÇÕES
As condições para ganhar o privilégio dos Primeiros Sábados são quatro:
1. Confissão. Para cada Primeiro Sábado é precisa uma confissão com intenção reparadora. Pode fazer-se em qualquer dia, antes ou depois do Primeiro Sábado, contanto que se receba a Comunhão em estado de graça.
A vidente perguntou: – “Meu Jesus, as (pessoas) que se esquecerem de formar essa intenção (reparadora)? Jesus respondeu – Podem formá-la na confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem para se confessar”.
As outras três condições devem cumprir-se no próprio Primeiro Sábado, a não ser que algum sacerdote, por justos motivos, conceda que se possam fazer no domingo a seguir.
2. A Comunhão Reparadora.
3. O Terço.
4. A meditação, durante 15 minutos, de um só mistério, de vários ou de todos. Também vale uma meditação ou explicação de 3 minutos antes de cada um dos 5 mistérios do terço que se está a rezar.
Em todas estas quatro práticas deve-se ter a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria.
A devoção dos 5 Primeiros Sábados foi aprovada pelo Bispo de Leiria a 13-9-1939, em Fátima.

ACTO DE CONSAGRAÇÃO E DESAGRAVO

Virgem Santíssima e Mãe nossa querida, ao mostrardes o vosso Coração cercado de espinhos, símbolo das blasfémias e ingratidões com que os homens ingratos pagam as finezas do vosso amor, pedistes que Vos consolássemos e desagravássemos.
Ao ouvir as vossas amargas queixas, desejamos desagravar o vosso doloroso e Imaculado Coração que a maldade dos homens fere com os duros espinhos dos seus pecados.
Dum modo especial Vos queremos desagravar das injúrias sacrilegamente proferidas contra a vossa Conceição Imaculada e Santa Virgindade. Muitos, Senhora, negam que sejais Mãe de Deus e nem Vos querem aceitar como terna Mãe dos homens. Outros, não Vos podendo ultrajar directamente, descarregam nas vossas sagradas imagens a sua cólera satânica. Nem faltam também aqueles que procuram infundir nos corações das crianças inocentes, indiferença, desprezo e até ódio contra Vós.
Virgem Santíssima, aqui prostrados aos vossos pés, nós Vos mostramos a pena que sentimos por todas estas ofensas e prome¬temos reparar com os nossos sacrifícios, comunhões e orações tantas ofensas destes vossos filhos ingratos.
Reconhecendo que também nós, nem sempre correspondemos às vossas predilecções, nem Vos honrámos e amámos como Mãe, suplicamos para os nossos pecados misericordioso perdão.
Para todos quantos são vossos filhos e particularmente para nós, que nos consagramos inteiramente ao vosso Coração Imaculado, seja-nos ele o refúgio durante a vida e o caminho que nos conduza até Deus. Assim seja.
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Cinco, porquê?
O Padre José Bernardo Gonçalves (1894-1966) propôs em Maio de 1930 à Irmã Lúcia, de quem foi confessor, seis perguntas para as quais pedia esclarecimento.
Eis o que se refere à quarta, com a respectiva resposta dada por escrito:
«Porque hão-de ser ‘5 sábados’ e não 9 ou 7 em honra das dores de Nossa Senhora?
Ficando na capela com Nosso Senhor parte da noite do dia 29 para 30 deste mês de Maio de 1930, e falando a Nosso Senhor das duas perguntas 4.ª e 5.ª, senti-me de repente possuída intimamente da divina presença; e, se não me engano, foi-me revelado o seguinte:
‘Minha filha, o motivo é simples: são 5 as espécies de ofensas e blasfémias contra o Imaculado Coração de Maria:
1.ª – As blasfémias contra a Imaculada Conceição.
2.ª – Contra a Sua virgindade.
3.ª – Contra a Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;
4.ª – Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
5.ª – Os que A ultrajam directamente nas suas sagradas Imagens.
Eis, Minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir esta pequena reparação; e, em atenção a ela, mover a minha misericórdia ao perdão para com essas almas que tiveram a desgraça de A ofender».
Primeira ofensa: negação da Imaculada Conceição.
A 8 de Dezembro de 1854, definiu o Papa Pio IX: «Declaramos, pronunciamos e definimos, que a doutrina que sustenta que a bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, foi por graça e privilégio singular de Deus Todo-Poderoso... preservada e imune de toda a mancha do pecado original, foi revelada por Deus e como tal deve ser firme e constantemente acreditada por todos os fiéis».
Recusam este privilégio várias confissões protestantes, os racionalistas, e implicitamente aqueles que negam o pecado original, pois que a Imaculada Conceição é precisamente a isenção dessa mancha, que em tal hipótese não exisitria.
Segunda ofensa: negação da Virgindade perpétua de Maria.
A 6 de Novembro de 1982 disse João Paulo II no Santuário do Pilar em Saragoça, Espanha: «De modo virginal ‘sem intervenção de varão, e por obra do Espírito Santo, Maria deu a natureza humana ao Filho Eterno do Pai. De modo virginal nasceu de Maria um corpo santo. É a fé que...o Papa Paulo IV articulava na forma ternária de Virgem ‘antes do parto, no parto e perpetuamente depois do parto’. É a mesma que ensina Paulo VI: ‘Cremos que Maria é Mãe sempre Virgem do Verbo encarnado».
Opõem-se a esta verdade os que negam que a Conceição e o parto de Jesus não foram virginais, e que Maria não conservou no parto a sua integridade, assim como aqueles que afirmam que Ela teve mais filhos além de Jesus.
Terceira ofensa: negação da maternidade divina e espiritual de Maria.
Declarou o III Concílio de Constantinopla no ano de 680: «Nosso Senhor Jesus Cristo – nasceu do Espírito Santo e de Maria Virgem, que é, segundo a humanidade, própria e verdadeiramente Mãe de Deus».
É também Mãe espiritual dos homens, pela sua participação no Mistério da Encarnação e Co-redenção.
Quarta ofensa: ódio para com a Imaculada Mãe de Deus.
A ideologia Marxista-comunista procurou eliminar todos os vestígios de religião, a começar pelas crianças. O Ministério da Educação soviética declarou nesses tempos: «A educação comunista tem como fim principal eliminar todos os vestígios da religião». Ensinava-se às crianças o racionalismo puro e, além disso, em certa nação, os pequeninos aprendiam «ladaínhas» de injúrias contra a Mãe de Deus.
Quinta ofensa: ultrajes às sagradas imagens.
Chegou-se ao descaramento de destruir e ultrajar as imagens de Nossa Senhora, sobretudo quando expostas em público. Certamente também desgostam a Maria Santíssima aqueles que tiram dos templos as suas imagens ou as reduzem ao mínimo, contrariando o Concílio Vaticano II. «Observem religiosamente aquelas coisas que nos tempos passados foram decretadas acerca do culto das imagens de Cristo, da Bem-aventura Virgem e dos Santos».
São estas cinco ofensas a Maria que devemos reparar nos cinco primeiros sábados.

Textos P. Fernando Leite, sj

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Tríduo a Imaculada Conceição


Tríduo a Imaculada Conceição

Vós sois Maria luz do alto céu, estrela e consolo para o pecador.
Volvei a nós teus piedosos olhos que viram ao Filho na cruz morrer.
Mãe amorosa, Rainha dos mártires, Mãe de Deus dada a humanidade.
Sede, pois, nossa Mãe, Oh! Mãe de Deus !
Pelo sinal da Santa cruz defendei-nos Deus dos nossos inimigos.

Oração para todos os dias

Virgem puríssima, concebida sem pecado e desde aquele primeiro instante toda bela e sem mancha, gloriosa Maria, cheia de graça e Mãe de meu Deus, Rainha dos Anjos e dos homens:
Sois o asilo seguro dos pecadores penitentes:
Com razão, pois, a Vós acudo; sois Mãe de misericórdia; não podereis, por tanto deixar de enternecer-Vos a vista de minhas misérias;
Sois, depois de Jesus Cristo, toda minha esperança:
Não deixareis de aceitar com agrado a terna confiança que tenho em Vós.
Alcançai-me que seja digno de ser chamado filho vosso e que possa dizer com inteira confiança:
"Demonstrai que sois minha mãe".
Rezar a oração do dia correspondente:

Primeiro Dia

Venho a vossos santíssimos pés, Oh! Virgem Imaculada;
Me alegro grandemente convosco, que desde a eternidade foi eleita Mãe do Verbo eterno e preservada da culpa original.
Dou graças e bendigo a Santíssima Trindade, que Vos enriqueceu com tais privilégios em vossa Concepção;
E vos suplico humildemente que me alcanceis a graça de vencer os tristes efeitos que o pecado original causou em mim e que nunca deixe de amar a meu Deus.
Rezar doze Ave-Marias e a Ladainha de Nossa Senhora.

Segundo Dia

Oh!, Maria, Lírio Imaculado de Pureza!
Me congratulo convosco, porque desde o primeiro instante de vossa Concepção fostes cumulada de graças, e porque Vos foi concedido o uso perfeito da razão.
Dou graças e adoro a Santíssima Trindade por ter-vos adornado com dons tão sublimes, e me confundo todo diante de Vós, ao ver me tão pobre de graças.
Fazei a minha alma participe dos tesouros de vossa Imaculada Concepção.
Rezar doze Ave-Marias e a Ladainha de Nossa Senhora

Terceiro Dia

Oh!, Espelho de Pureza, Imaculada Virgem Maria !
Me alegro infinitamente ao considerar que desde vossa Concepção Vos foram infundidas as virtudes mais sublimes e perfeitas, junto com todos os dons do Espírito Santo.
Dou graças e adoro a Santíssima Trindade por ter-vos favorecido com estes privilégios, e Vos suplico.
Oh! mãe benigna, me alcanceis a prática das virtudes para fazer me assim digno de receber os dons e a graça do Espírito Santo.
Rezar doze Ave-Marias e a Ladainha de Nossa Senhora.

domingo, 2 de janeiro de 2011

NOSSA MISSÃO

Como já relatamos anteriormente, a nossa Missão é levar as familias a terem um encontro pessoal com Jesus Cristo.Visitamos as familias e juntos rezamos o Santo Terço ( CENÁCULO ) na presença real de Maria Santíssima e da imagem do Imaculado Coração de nossa Rainha e Mestra.

As familias encontram no coração da Virgem,um lugar seguro para viverem com alegria.Assim unidos ao Imaculado Coração de Maria, cada membro da familia sente um despertar vivo e real para viverem os Sacramentos e seguirem confiantes rumo ao Sagrado Coração de Jesus.

Nossa Mestra e Rainha"Maria Santíssima só a sabe fazer uma coisa:Apresentar aos corações sofridos o Seu Divino Filho Nosso Senhor Jesus Cristo.

Levar as familias a viverem os Sacramentos não é Fácil,mas seria mais dificio e impossivel se estivéssemos sem Maria Santíssima.
Convido você a acessar este endereço com toda orientação Sacramental.

http://www.temporeal.org/diretorio.html

TAMBÉM temos a Missão de levar as familias a adquirirem uma imagem do Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria.
Estas imagens Sacras devem ser colocadas nos lares em lugar de honra..
Uma Missão também não muito fácil,mas com Mamãe Maria nos orientando e tocando os corações,muitos lares já possuem estes tesouros: as imagens de Jesus e Maria e de Santos de sua devoção.
Para adquirir uma imagem acesse:
http://imagensmariana.blogspot.com/

Que o Imaculado Coração de Maria interceda por todos nós.
SALVE MARIA SANTÍSSIMA.

"Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á".
                                                                                                    (Mt 16:25)
MALAN SANTOS
PALADINOS DA RAINHA

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

SALVE MARIA..

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imagensmariana.blogspot.com
CONTATO: antonio-malan@ig.com.br

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ato de Consagração a Nossa Senhora – São Luís de Montfort


São Luís Maria Grignion de Montfort
  
Ó Sabedoria Eterna e Encarnada! Ó amabilíssimo e adorável Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Filho único do Pai Eterno e de Maria sempre Virgem!
Eu vos adoro profundamente no seio e nos esplendores do vosso Eterno Pai, durante a eternidade, e no seio de Maria vossa Mãe Santíssima, no tempo de vossa Encarnação.


Agradeço-vos terde-vos aniquilado, tomando a forma de um escravo, para me arrancardes à cruel escravidão do demônio. Eu vos louvo e glorifico por vos terdes querido submeter a Maria, vossa Santa Mãe, em todas as coisas, a fim de me tornardes por Ela vosso fiel escravo.


Mas, ai de mim, ingrato e infiel que sou! Não guardei os votos e as promessas que tão solenemente vos fiz no meu Batismo. Não cumpri com minhas obrigações, não mereço ser chamado vosso filho nem vosso escravo, e, como nada há em mim que não mereça senão vossas repulsas e vossa cólera, já não ouso por mim mesmo aproximar-me de vossa santa e augusta Majestade.


É por essa razão que recorro à intercessão de vossa Mãe Santíssima, que me deste por Medianeira junto de Vós, e é por seu intermédio que espero obter de Vós a contrição e o perdão de meus pecados, a aquisição e a conservação da Sabedoria.


Eu vos saúdo, pois, ó Maria Imaculada, Tabernáculo vivo da Divindade, onde a Sabedoria Eterna escondida quer ser adorada dos anjos e dos homens!


Eu vos saúdo, ó Rainha do céu e da terra, a cujo império está sujeito tudo o que existe abaixo de Deus!


Eu vos saúdo, ó refúgio seguro dos pecadores, cuja misericórdia jamais a ninguém faltou!
Atendei aos desejos que nutro pela Divina Sabedoria e recebei para isto os votos e ofertas que minha baixeza Vos apresenta.


Eu, (nome de quem se consagra), pecador infiel, renovo e ratifico hoje, entre vossas mãos, os votos de meu Batismo.


Renuncio para sempre a Satã, suas pompas e suas obras.


E me entrego inteiramente a Jesus Cristo, a Sabedoria Encarnada, para levar minha cruz em seu seguimento, todos os dias de minha vida, e para que eu seja mais fiel do que lhe tenho sido até agora.


Eu Vos escolho hoje, ó Maria, na presença de toda a corte celeste, por minha Mãe e Mestra. Eu vos abandono e consagro, na qualidade de vosso escravo, meu corpo e minha alma, meus bens interiores e exteriores, e o valor mesmo de minhas boas ações passadas, presentes e futuras, deixando-Vos inteiro e pleno direito de dispor de mim e de tudo o que me pertence, sem exceção segundo o vosso beneplácito, para a maior glória de Deus, no tempo e na eternidade.


Recebei, ó Virgem benigna, esta pequenina oferta de minha escravidão, em honra e união à submissão que a Sabedoria Eterna se dignou manifestar à vossa Maternidade, em homenagem ao poder que Vós ambos tendes sobre este pequeno verme e miserável pecador, em ação de graças pelos privilégios com que a Santíssima Trindade Vos favoreceu.


Eu protesto querer daqui por diante, como vosso verdadeiro escravo, procurar vossa honra e obedecer-Vos em todas as coisas.


Ó Mãe admirável, apresentai-me a vosso caro Filho, na qualidade de escravo eterno, a fim de que, tendo-me resgatado por Vós, por Vós também me receba.


Ó Mãe de misericórdia, fazei-me a graça de obter de Deus a verdadeira Sabedoria, e de me colocar para isso no número daqueles a quem amais, ensinais, conduzis, nutris e protegeis como a vossos filhos e vossos escravos.


Ó Virgem fiel, tornai-me em todas as coisas um tão perfeito discípulo, imitador e escravo da Sabedora Encarnada, Jesus Cristo, vosso Filho, que eu chegue por vossa intercessão e a exemplo vosso à plenitude de sua idade na terra e de sua glória nos céus. Amém.

sábado, 23 de outubro de 2010

Vida de Paladino da Rainha.

 Éramos homens e mulheres errantes, vivíamos para nós e nosso egocentrismo.Hoje o nosso coração moribundo foi transformado em corações de fé,esperança e caridade.
O mundo nos odiava e não nos amava, fomos tratados como ovelhas por lobos.
Hoje o mundo ainda não nos ama,mas conhecemos o caminho que nos leva ao verdadeiro Amor.
Conhecemos o Amor de Cristo que nos alimenta e fortalece em nossa missão.
Temos muito que agradecer a nossa Rainha e Senhora pois sem ela seria para nós "Paladinos " ( Soldados de Maria ) viver sem seus conselhos , sem a sua presença teriamos uma vida inútil e sem alegria.

Nossa Rainha é generosa e só sabe fazer uma coisa: nos apresentar a Cristo com toda a Sua Majestade.
Sabemos que não somos dignos de tamanha Graça "somos apenas Cavaleiros de Cristo a serviço da Rainha.
Cada dia Maria Santíssima,nossa Rainha e Senhora nos alimenta com o mel do seu amor.
Nossa missão é levar as familias do mundo inteiro a viverem os Sacramentos, rezamos o Santo terço em familia com a presença da imagem de Nossa Senhora do Imaculado Coração e com sua presença real em nossos corações.
Tantas graças derramadas nas familias e na vida de tantos irmãos,quantos beneficio recebidos,quantas  conversões  e milhares de testemunhos....todos que tem fé recebem as graças do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria nossa Rainha.
Somos pobres soldados, vivemos a castidade, a obediência, a pobreza e o Amor de Cristo.

FIXAMOS O NOSSO OLHAR PARA O CORAÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA,NELE CONTEMPLAMOS O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS.


Salve, Maria,
Nossa Mãe, Mestra e Rainha!
Escutai com bondade a súplica que vos apresentamos, conforme o desejo de Jesus: “Pedi ao Senhor da Messe que envie operários para sua messe”. Olhai com misericórdia para todos os homens que vivem no mundo! Muitos se acham perdidos nas trevas, sem Pai, sem Pastor, sem Mestre.
Recebestes de Deus a missão de lhes dar Jesus, que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Voltando-se para vós, possam eles encontrar o caminho para Cristo!
Ó Maria, por vós, todos os cristãos trabalhem, com todas as energias, por todas as vocações, para todos os serviços de evangelização!
Por vós, todos os que crêem trabalhem em favor dos que não crêem!
Todos os que sabem amar, por todos os indiferentes!
Todos os que vivem na unidade da Igreja, por todos os que estão dispersos!
Por vós, todos os chamados sejam fiéis, todos os ministros sejam santos!
E que todos os homens os recebam!
Ao pé da cruz, vosso coração dilatou-se para acolher a todos, como filhos.
Dai-nos um coração cheio de amor e dedicação apostólica, semelhante ao vosso coração e ao de Jesus. Assim, estaremos todos um dia convosco, na glória do Pai.
Abençoai-nos, ó Maria, nossa Mãe, Mestra e Rainha! Amém.

domingo, 29 de agosto de 2010

Assista o Filme:Padre pio

http://www.catedralfilmes.com.br/filmeslegendados/padre_pio.html
Pe. Pio de Pietrelcina Filme - A Vida de Pe. Pio

Clic: Assista o filme " A Virgem de Fátima."

http://www.catedralfilmes.com.br/filmesdublados/o_milagre_de_fatima.html

Nossa Senhora das Graças

Aparição de Nossa Senhora das Graças
 França - 1830.

Onde aconteceu: Na França.

Quando: Em 1830.

A quem: A Santa Catarina Labouré.

As aparições de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré, em 1830 – Paris; marcaram o início de um ciclo de grandes revelações Marianas.

Esse ciclo prosseguiu em La Salette (1846), em Lourdes (1858) e culminou em Fátima – Portugal (1917).

Desde 1830 Nossa Senhora se manifesta deplorando os pecados do mundo, oferecendo perdão e misericórdia à humanidade pecadora e prevendo severos castigos caso ela não se convertesse. Mas também anunciando que, após esses castigos, viria um triunfo esplendoroso do Bem.
Em novembro de 1876, um mês antes de sua morte, Santa Catarina Labouré afirmou:“Virão grandes catástrofes.... o sangue jorrará nas ruas. Por um momento, crer-se-á tudo perdido. Mas tudo será ganho. A Santíssima Virgem é quem nos salvará. Sim, quando esta Virgem, oferecendo o mundo ao Padre Eterno, for honrada, seremos salvos e teremos a paz”.
E em 13 de julho de 1917, Nossa Senhora prometeu formalmente em Fátima: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

                                                  # # #

No ano de 1830 a Imaculada Virgem Maria vem a terra para mostrar e relembrar a seus filhos o caminho que leva a seu Filho e Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ela veio do Céu para trazer-nos um sinal, o seu retrato em uma Medalha bendita derramando Suas Graças aos filhos que pedirem a sua intercessão; e por causa dos seus prodígios e milagres, o povo cristão deu a esta medalha o título de “Milagrosa”.
A Medalha Milagrosa é um rico presente que Maria Imaculada quis oferecer ao mundo no século XIX, como penhor dos seus carinhos e bênçãos maternais, como instrumento de milagres e como meio, de preparação para a definição dogmática de 1854.
Foi na comunidade das Filhas da Caridade, fundada por São Vicente de Paulo, que a Santíssima Virgem escolheu a confidente dos seus desígnios, para recompensar de certo a devoção que o Santo São Vicente de Paulo, sempre teve à Imaculada Conceição de Nossa Senhora, e que deixou por herança aos seus filhos e filhas espirituais.
O instrumento que a Virgem escolheu para revelar seu desejo chamava-se Catarina Labouré. Ela nasceu em 2 de maio de 1806, na Côte d'Or, na França, e aos 24 anos de idade tomou o hábito das Filhas da Caridade. Noviça ainda, muito humilde, inocente e unida com Deus, era ternamente devota à Santíssima Virgem, a quem escolhera por Mãe que desde pequenina ficara órfã. Ardia em contínuos desejos de ver Nossa Senhora e instava com o seu Anjo da Guarda para que lhe alcançasse este favor.
           
1ª Aparição: 18 a 19 de Julho de 1830.

A primeira aparição ocorreu durante a noite do dia 18 a 19 de julho de 1830. A Virgem Gloriosa apareceu à irmã Catarina Labouré, Filha da Caridade de São Vicente de Paulo.
Às onze e meia da noite, a irmã Catarina se acordou e ouviu claramente chamar 3 vezes:

"Irmã".

Olhou para o lado de onde vinha a voz, afastou a cortinado e viu um menino vestido de branco. Catarina viu nele o seu Anjo da Guarda.
O menino lhe disse:

"Venha à capela, a Santa Virgem Te espera".

Ela vestiu-se depressa e seguiu o Anjo, tendo-o sempre à esquerda.
As luzes por onde passaram estavam acesas, o que sobre tudo lhe causou admiração; mas muito maior foi o seu espanto quando, ao chegar à capela, a porta se abriu; mal o menino a tocou com a ponta dos dedos.
Na capela todas as velas estavam acesas. O menino a conduzia ao santuário, junto à cadeira do padre diretor.
Catarina espera e reza. Passado uma meia hora, o Anjo disse de repente:

"Eis a Santíssima Virgem".

Ao lado do altar, onde normalmente se lê a epístola, Maria desceu, dobrou o joelho diante do Santíssimo e vai sentar-se numa cadeira no coro dos sacerdotes.
Num abrir e fechar dos olhos a vidente se atirou aos seus pés, apoiado suas mãos sobre os joelhos maternais da Santa Virgem. Foi esse o momento mais belo de sua vida. Durante duas horas Maria falou com Catarina duma missão que Deus queria confiar-lhe e também das dificuldades que iria encontrar na realização da mesma.
         Conta-nos Catarina: 
            Ela me disse como eu devia proceder para com meu diretor, como devia proceder nas horas de sofrimento e muitas outras coisas que não posso revelar”.
           Essas coisas que ela não podia contar em 1830, revelou-as depois:
        “Várias desgraças vão cair sobre a França; o trono será derrubado; o mundo inteiro será revolto por desgraças de toda sorte”. Falou também de “grandes abusos”“grande relaxamento” nas comunidades de sacerdotes e freiras vicentinas, e que deveria alertar disso os superiores.
Voltou, em seguida, a falar de outros terríveis acontecimentos que ocorreriam em futuro mais distante, prevendo com 40 anos de antecedência as agitações da Comuna de Paris e o assassinato do Arcebispo; prometeu sua especial proteção, nessas horas trágicas, aos filhos e às filhas de São Vicente de Paulo.

Depois Maria desapareceu, e o Anjo a reconduziu para o dormitório.


2ª Aparição: 27 de Novembro de 1830.

A Segunda aparição realizou-se no dia 27 de Novembro de 1830, sábado antes do primeiro domingo do Advento. Neste dia, estando a venerável irmã na oração da tarde as 05h30min nessa Capela da Comunidade, rua du Bac, Paris; a Rainha do Céu se lhe mostrou, primeiro, junto do arco cruzeiro, do lado da epístola, onde hoje está o altar " Virgo Potens", e depois por detrás do Sacrário, no altar-mor.
Depois de Ter lido a primeira parte, "A Virgem Santíssima, - diz a irmã - aparece e estava de pé sobre um globo, vestida de branco, com o feitio que se diz à Virgem, isto é, subido e com mangas justas; véu branco a cobrir-lhe a cabeça, manto azul prateado que lhe descia até aos pés. Suas mãos erguidas à altura do peito seguravam um globo de ouro, encima do globo havia uma cruz... Tinha os olhos erguidos para o céu, e seu rosto iluminava-se enquanto oferecia o globo a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em seguida o seu pedido foi atendido:
As Suas mãos carregaram-se à medida que desciam, a ponto de não deixarem ver os pés de Nossa Senhora.

Enquanto se saciava em contemplá-la, Catarina ouviu uma voz que lhe disse:

 "Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que  mas pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais delgados correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir.“

Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, o globo desaparece das suas mãos. Formou-se então em torno da virgem um quadro de forma oval em que havia em letras de ouro estas palavras:

"Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós".

Então uma voz se fez ouvir que dizia:

’'Manda cunhar uma Medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem indulgenciada, receberão grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as pessoas que a trouxerem com confiança. “

No mesmo instante, a imagem luminosa transformou-se. As mãos carregadas de anéis, que seguravam o globo abaixaram-se, abrindo-se despejando raios, sobre o globo em que a Virgem pousava os pés, esmagando a serpente infernal.
Depois, o quadro voltou-se, mostrando no reverso um conjunto de emblemas, no centro um grande M, o monograma de Maria, encima do M, por uma cruz sobre uma barra; abaixo do monograma havia dois corações: o da esquerda cercado de espinhos, o da direita transpassado por uma espada.
Eram os corações de Jesus e Maria.
Enfim uma constelação de doze estrelas, em forma oval, cercando este conjunto.

Passaram-se dois anos sem que os superiores eclesiásticos decidissem o que havia de Fazer-se; até que, depois do inquérito canônico, se cunhou a Medalha por ordem e com aprovação do Arcebispo de Paris, Monsenhor Quélen.

Paris sofria com a peste que dizimava milhares todos os dias e aos doentes nos hospitais onde as Irmãs da Caridade serviam foram distribuídas as primeiras medalhas e os mesmos milagrosamente ficavam curados, daí grande parte do povo na época passou a crer e usar as medalhas e as curas foram incontáveis até os nossos dias; isso justo numa França que na época era o berço do iluminismo e de um materialismo crescente.
Entre outros prodígios é célebre a conversão do judeu Afonso Ratisbonne, acontecida depois da visão que ele teve na Igreja de Santo Andrea delle Frate, em Roma, em que a Santíssima Virgem lhe apareceu como se representa na Medalha Milagrosa.
Para logo, começou a espalhar-se com muita rapidez a devoção pelo mundo inteiro, acompanhada sempre de prodígios e milagres extraordinários, reanimando a fé quase extinta em muitos corações, produzindo notável restauração dos bons costumes e da virtude, sarando os corpos e convertendo as almas.

O primeiro a aprovar e abençoar a Medalha foi o Papa Gregório XVI, confiando-se à proteção dela e conservando-a junto de seu crucifixo. Pio IX, seu sucessor, o Pontíficie da Imaculada, gostava de dá-la como prenda particular da sua benevolência pontífica. Não admira que, com tão alta proteção e à vista de tantos prodígios, se propagasse rapidamente. Só no espaço de quatro anos, de 1832 a 1836, a firma Vechette, incumbida de a cunhar, produziu dois milhões delas em ouro e prata e dezoito milhões em cobre.
Graças a esta difusão prodigiosa, foi-se radicando mais e melhor no povo cristão a crença na Imaculada Conceição de Maria e a devoção para com tão excelsa Senhora. Este grande privilégio da Virgem Maria foi proclamada dogma em 1854 pelo Papa Pio IX. Logo Nossa Senhora ficou também conhecida por Nossa Senhora da Medalha Milagrosa ou Nossa Senhora das Graças.
Em 1858, a Virgem Maria veio confirmar essa verdade de fé pelas suas aparições em Lourdes à pequena Bernadette, que trouxe a medalha ao pescoço, Maria se fez conhecer com estas palavras:

"Eu sou a Imaculada Conceição".

Em outras aparições subseqüentes a Santíssima Virgem falou a Catarina de Labouré da fundação de uma Associação das Filhas de Maria que depois o Papa Pio IX aprovou a 20 de junho de 1847, enriquecendo-a com as indulgências da Prima-primária. Espalhou-se pelo mundo inteiro e conta hoje com mais de 150.000 associadas.
Leão XIII a 23 de junho de 1894 instituiu a Festa da Medalha Milagrosa; a 2 de Março de 1897 encarregou o Cardeal Richard, Arcebispo de Paris, de coroar em seu nome a estátua da Imaculada Virgem Milagrosa que está no altar-mor da Capela da Aparição, o que se fez a 26 de julho do mesmo ano. Pio X não esqueceu a Medalha Milagrosa no ano jubilar; a 6 de junho de 1904 concedeu 100 dias de indulgência de cada vez que se diga a invocação: "Ó Maria concebida sem pecado, etc", a todos quantos tenham recebido canonicamente a Santa Medalha; a 8 de julho de 1909 instituiu a Associação da Medalha Milagrosa com todas as indulgências e privilégios do Escapulário azul. Bento XV e Pio XI encheram a Medalha e a Associação de novas graças e favores.

Hoje, todo o interior da Igreja de Nossa Senhora das Graças em Paris e o pátio externo são cheios das manifestações dos fiéis pelas graças alcançadas, principalmente placas de mármore com a palavra "Merci"- obrigado em francês – e a data, existem placas desde a época em que os primeiros milagres aconteceram, pouco depois da distribuição das primeiras medalhas ao povo, década de 1830.

                                    
             SANTA CATARINA LABOURÉ

Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores.
Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida.
Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo para meditação, orações vocais e mortificações.

O tempo foi passando, e Catarina crescendo em graça e santidade.
Certo dia ela sonhou que estava na igreja e viu um sacerdote já ancião celebrando a Missa. Quando esta terminou, o sacerdote fez-lhe um sinal com o dedo, chamando-a para perto de si. Porém, tímida, Catarina retirou-se do recinto sagrado e foi visitar um doente. O mesmo sacerdote apareceu-lhe, e disse: “Minha filha, é uma boa obra cuidar dos enfermos; você agora foge de mim, mas um dia será feliz de me encontrar. Deus tem desígnios sobre você, não se esqueça”. Catarina acordou sem entender o significado do sonho.

Mais tarde, visitando o convento das Irmãs da Caridade de Chatillon, onde estava sua irmã, viu na parede um quadro representando o mesmo ancião. Perguntou quem era, e responderam-lhe que se tratava de São Vicente de Paulo, fundador da Congregação. Catarina entendeu então que sua vocação era a de ser uma das filhas do Santo da caridade.
Mas seu pai não queria ouvir falar disso. Já bastava ter dado uma filha a Deus, e ele tinha muito apego a Catarina. Para distraí-la dessa idéia, mandou-a a Paris, para ajudar seu irmão que tinha lá uma pensão. Foi uma provação para a santa ver-se em meio aos rudes fregueses do estabelecimento, o que a fez redobrar as orações para manter sua pureza de coração e o fervor de espírito.
Uma cunhada a convidou a ir para sua casa, em Chatillon, onde mantinha uma escola para moças. Ali Catarina podia ir freqüentemente ao mosteiro das Irmãs da Caridade, que ficava perto. E foi nessa casa religiosa que ela entrou a 22 de janeiro de 1830, quando seu pai deu-lhe finalmente a devida permissão. Catarina tinha então 24 anos de idade.

E foi neste mesmo ano de 1830 que Nossa Senhora lhe apareceu mostrando-lhe  a  Medalha  Milagrosa e mandou que a  propagasse. Encontrou primeiro resistência  até  do seu diretor  espiritual, mas afinal  as autoridades  eclesiásticas  convenceram-se  da  verdade das aparições. Muitos milagres, curas de doentes e conversões foram feitas pela Medalha Milagrosa. 

Catarina, porém,  desejava ficar oculta; como  São João Batista, a respeito de  Jesus dizia:  " Ele  deve  crescer, e eu diminuir",  assim Catarina desejava:  "Maria  deve crescer e  eu diminuir" .   Mas Deus e  Maria Glorificaram a  fiel serva:  Foi ela beatificada  por Pio XI  em  28 de maio de 1933, domingo  entre  Ascensão de  Nosso  Senhor e Pentecostes e  solenemente  canonizada por  Pio XII em  27  de  julho de 1947, e por ordem do Arcebispo, o seu corpo foi exumado.

Então verificou-se que o seu corpo estava perfeitamente conservado. Até os olhos ficaram intactos. Depositaram-no num caixão de cristal, que foi colocado sob o altar das aparições, na famosa Igreja de Nossa Senhora das Graças na rue du Bac, 140, no centro de Paris.
Cada ano, milhões de peregrinos se dirigem até lá para implorar a intercessão de Maria Santíssima e da sua confidente a Santa Catarina Labouré.




A serpente: Maria aparece esmagando a cabeça da serpente.

A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o demônio já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: "Porei inimizade entre ti e a mulher... Ela te esmagará a cabeça e tu procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar".
Deus declara iniciada a luta entre o bem e o mal. Essa luta é vencida por Jesus Cristo, o "novo Adão", juntamente com Maria, a co-redentora, a "nova Eva". É em Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça da serpente, para que não mais a morte pudesse escravizar os homens.

Os raios: Simbolizam as graças que Nossa Senhora derrama sobre os seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama Tesoureira de Deus.

As 12 estrelas: Simbolizam as 12 tribos de Israel.
Maria Santíssima também é saudada como "Estrela do Mar" na oração Ave, Maris Stella.

O coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus. Foi Maria quem o formou em seu ventre. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração, que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.

O coração transpassado por uma espada: É o Imaculado Coração de Maria, inseparável ao de Jesus: mesmo nas horas difíceis de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando da Sua dor, sendo a nossa co-redentora.

O M: Significa Maria. Esse M sustenta o travessão e a Cruz, que representam o calvário. Essa simbologia indica a íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.

         O travessão e a Cruz: Simbolizam o calvário. Para a doutrina católica, a Santa Missa é a repetição do sacrifício do Calvário, portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do cristã